segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Asparagina

Asparagina....
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A Asparagina é considerada um aminoácido não-essencial, pois é sintetizado pelo organismo a partir do ácido aspártico e do amónio.  A Asparagina representa cerca de 3% dos aminoácidos das proteínas do nosso organismo. 
A Asparagina é sintetizada pelo fígado e intervém em diferentes funções do tecido nervoso e cerebral. Entre as suas funções estão a síntese de glicoproteínas; intervenção na síntese de proteínas musculares e na síntese do amoníaco e é precursora do neurotransmissor GABA que exerce um efeito calmante sobre o sistema nervoso. O défice de Asparagina pode ocasionar uma série de transtornos no organismo como alterações metabólicas, aumento da irritabilidade, dores de cabeça e transtornos da memória.
Tendo em conta todas estas funções importantes a nível tecido muscular, nervoso e cerebral, a Asparagina é muitas vezes utilizada como suplemento à alimentação, de modo a manter as necessidade mínimas proteicas recomendadas, principalmente em desportistas, com maior importância nos desportos de força e culturismo.

A Asparagina até o momento era muito falada e utilizada na área da saúde, mais especificamente na área nutricional, pelos motivos acima referidos, sendo sempre vista como benéfica, no entanto começa a surgir alguns efeitos negativos deste aminoácido em casos específicos.
Estudo recente de um grupo de cientista do Instituto de Cambridge, que debruçou-se sobre a evolução e disseminação dos tumores malignos, associou a Asparagina à propagação de cancro pelo corpo, devido à sua intervenção na proliferação celular. Mostraram que a Asparagina está envolvida na coordenação da síntese de proteínas e nucleótidos e que a manutenção dos níveis de Asparagina intracelular é fundamental para o crescimento de células cancerígenas. Concluindo que a Asparagina é um importante regulador da homeostase de aminoácidos de células cancerígenas, metabolismo anabólico e proliferação.
Esta investigação está numa fase inicial, baseada apenas em experiências com ratos, sendo o próximo passo perceber a aplicação em utentes e como podem beneficiar os mesmo com este tratamento. É importante realçar que esta associação (aspargina/disseminação de células tumorais) só se aplica nas formas de cancro provenientes do tumor primário.

Assim, penso que a conclusão que podemos tirar em relação a estes efeitos benéficos e malignos da asparagina é que nenhum nutriente deve ser consumido ou suplementado de forma leviana, é necessário sempre ser realizado acompanhamento médico e nutricional de modo a verificar o historial de cada individuo. E em relação à Dieta diária realizada pelo individuo deverá ser o mais variada possível, de modo a ter na sua composição os valores diários recomendados dos mais variados nutrientes.

Nota: As principais fontes de Asparagina na alimentação: espargos, aves, produtos lácteos, mariscos.

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